E naquele momento, toda a dor, a angústia, a insegurança, a
solidão, desapareceram. Como que por milagre, o mundo voltou a ter cor
novamente. Um sorriso estampado na cara. Atrás do computador, enquanto
trabalhava, sozinha ela ria, de orelha a orelha. E ninguém entendia. E ela ria.
Não via nada engraçado no computador, apenas olhava para uma tela vazia. E ela
ria. Não uma gargalhada escancarada, daqueles que parecem que existem para
querer provar para o mundo que se está bem, enquanto por baixo a alma agoniza.
Não, ela não precisava provar para ninguém. O sorriso vinha do fundo, bem no
fundo da alma, e ia se alastrando pelo corpo, como raízes que quebram o
asfalto. E o corpo inteiro sorria, aliviado, como que se houvesse retirado um
espartilho que o impedisse de respirar. Não, não era garantia de que não
haveria mais dor, porque ela sabia que o inverno estava apenas começando. Mas
aquele sorriso, como uma flor que nasce no gelo, talvez viesse para lhe mostrar,
que o inverno, não haveria de ser, afinal, tão rígido. Dependeria somente dela regar
aquela flor, para lhe lembrar que a primavera não tardaria a chegar...
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Amanhecer é uma lição do universo
Quando um ciclo se fecha, é preciso gratidão, para que novos ciclos possam se abrir...
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